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quinta-feira, 9 de abril de 2015

Vivenciando a indiferença.

A indiferença parece não atribuir qualidade à uma relação, será que é possível? pois as relações se constituem através das emoções. 
Podemos nos sentir indiferentes a uma situação ou pessoa e isso parecer algo bom... determinados acontecimentos não nos afetam, não damos importância ou não somos tocados... mas há uma atividade nessa indiferença, a rejeição está presente, de certa forma não queremos nos relacionar, algo nos desagrada... As relações são inevitáveis, à partir do momento que existimos, mesmo que vivamos sozinhos. 
Na meditação conseguimos visualizar esse mecanismo, podemos estar em postura meditativa e mente atenta ao presente, e dessa maneira observamos as coisas e a situação que estamos naquele momento. Sentimos o corpo e a influência do local e do ambiente, sentimos frio, calor, conforto, incômodo, dor, pressão, relaxamento, nos relacionamos fisicamente com o local. Vamos além do tato e sentimos os cheiros, os ruídos, visualizamos o ambiente e na atividade dos sentidos, desejamos ou rejeitamos. O desejo e a rejeição, são consequências das nossas emoções, uma simples categorização, algo nos faz bem  ou nos faz mal, e isso se dá à partir de nós e não do objeto ou situação, a qualidade está na nossa categorização, nós impomos tal qualidade. 
No entanto a indiferença parece não possuir qualidade alguma. Partindo do princípio que à partir dos sentidos, nossa primeira ação em relação às coisas algo nos agrada ou não, dessa maneira a indiferença é uma reação. Observando em meditação, esse mecanismo, desejar ou rejeitar, percebo a importância de tais reações e mais significativo ainda é aceitar essas reações. Tentar aceitar um cheiro ruim pode causar enjoo, e isso é simplesmente um fato, porém em determinado contexto, uma pessoa pode não se incomodar com o mesmo cheiro que causa enjoo a outra, tudo depende das circunstâncias e referências. 
Após refletir sobre a indiferença, após ensinamentos que tive sobre as emoções, passei a sempre me questionar quando me vi indiferente, da mesma maneira que me questiono quando rejeito ou desejo, é um questionamento simples, somente para eu ter clareza da situação e aceitá-la, assim consigo me relacionar melhor com as coisas e as pessoas..! (5% de evolução..rsrsrs).


Cena do filme "Quem quer ser um milionário" - o menino fica preso num banheiro, enquanto naquele momento chega na cidade o seu ídolo, seu ator indiano preferido... ele não pensa duas vezes e pula no rio de cocô pra ver o artista!!
Vcs não sabem o quanto é difícil pra mim postar essa foto, rejeitei muito a idéia... por isso postei.

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